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Monstros e Crianças

O fragmento da história a seguir, tem base em um conto em que escuto desde criança sobre a história de que "se você bater na sua mãe, vai virar bicho viu?". <3

Parte 1 - O encontro

Em uma época em que humanos e monstros conviviam, de forma não muito amigável, temos a nossa história. Um homem amaldiçoado por sua mãe, convive com o sua nova condição há dez anos juntamente com seu companheiro de viagens.


Esse homem se chama Cael e seu amigo Luca. Luca neste exato, momento está mais uma vez correndo perigo, já que, a noite chegou e com ela sempre vem o mal. O mal que Cael carrega é um dos maiores que ele viu em seus vinte cinco anos de vida, a maldição que seu amigo carrega é perigosa e sem freio: de dia humano, à noite um monstro que não distingue aliados de inimigos, bons de maus, fracos de fortes, uma força que destrói tudo que vê pela frente sem exceções.


O "trabalho" de Luca é evitar danos graves, mais isso nem sempre é possível.


Cael é um homem muito compassivo, mas muito calado e cheio de tristeza em seu coração, já na forma de monstro é uma criatura desumana. É como, se toda a maldade que não existe na forma humana se revertesse no monstro que persegue Luca nesse exato momento, nos arredores do bosque das sete almas. Essa é a nossa sina, pensou Luca, sozinhos e correndo perigos com relação ao seu mal e a outros que querem destruí-lo em sua forma de monstro, que é o ponto forte e o fraco do seu amigo.


Somente o Bosque das Sete Almas tem o poder de acalmar qualquer criatura que entre em seu interior sem que haja nenhum dano ao monstro. Esse bosque respira pureza e Cael sempre faz questão de estar por perto dele, já que quando entra no bosque volta a si, embora continue na forma de monstro, o seu interior volta a ser humano e ele consegue distinguir uns dos outros.


Mas, Luca ainda está muito longe do bosque. E Cael-monstro, está o alcançando.


Em sua forma de monstro seu amigo parece um grande cachorro marrom de olhos vermelhos e íris como as de um gato, um ser que sempre parece estar com sede de sangue humano. Na noite passada ele matou um vilarejo inteiro. Ele queria testar, mais uma vez, para saber se conseguiria se controlar e não atacar ninguém. Mas isso é impossível.


Desde que a pequena Lina foi embora, Cael ficou ainda mais solitário. Foi esta criança que mostrou o bosque a ele e que o fez ser a criatura tranquilo em sua forma macabra, mas ela... não está mais conosco.


Lina era uma criança órfã que vivia sozinha na floresta. E em uma das noites que Cael estava transformado, Lina, estava seguindo uma coruja branca. A coruja parecia ser a coisa mais bonita que ela havia visto em toda a sua vida. Quando a conhecemos ela tinha dez anos, hoje, oito anos depois do nosso encontro, nem sabemos se ela está viva.


Na noite que a conhecemos, ela ficou frente a frente com a criatura que suspirava e babava convulsivamente. Ela não teve medo e nem sequer saiu correndo. E o mais curioso foi que a criatura não a atacou de imediato. Eu estava logo atrás do Cael-Monstro e vi o olhar da garota que queria saber quem era aquele ser. Eu estava aliviado que a criatura tinha parado e até achava que ele tinha finalmente controlado o seu poder, A paz que havia se instalado por alguns segundos me surpreendeu. Se sentia com exatidão a vida da floresta, coisa que não se podia fazer devido aos grunhidos do monstro. Uma Criança, dentre tantas que haviam cruzado com a fera, somente esta o havia parado. Por quê? Será que ele conseguiu voltar a ter consciência?


Mas claro que isso não iria acontecer.


De repente, a criatura soltou um uivo tão alto que os pássaros que se encontravam escondidos nas copas das árvores, saíram voando e a calma que se havia instalado anteriormente não fazia mais sentido. A paz que havia antes, foi manchada por aquele uivo.


Nesse momento, Lina correu. E a fera também.


A menina corria como uma raposa que estava sendo perseguida, mas em seu olhar não havia medo e sim diversão. Esta criança era um pouco louca por enfrentar algo como aquele ser.


Será, que ela vai ser morta? Eu pensava comigo mesmo, enquanto corria atrás dos dois. O que eu poderia fazer? Estou no meio da floresta e sem qualquer esperança de ajuda-la. Eu pensei em gritar para que ela se escondesse em algum lugar, mas o barulho produzido pela fera era alto o bastante e poderia abafar o som da minha voz. E claro, denunciar minha posição para o monstro. Então como salvá-la? Como fazer a minha tarefa se eu não possuía alternativas para tal?


Era um trabalho injusto. Pensou Luca.

Fonte: http://critico6.blogspot.com.br/2015/02/invasao-de-mortos-vivos.html









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31/10/23:  Exposição de Arte Escandinava

 

6/11/23:  Arte em Vídeo Pelo Mundo

 

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